Introdução:
O tumor venéreo transmissível (TVT) é considerado uma neoplasia própria da espécie canina, sendo de apresentação extremamente rara em gatas. Indicado em 1820 por Huzard, foi consagrado em 1904 por Sticker que o identificou como um sarcoma ou linfossarcoma, resultando na denominação de sarcoma de Sticker.
De distribuição mundial, aparece com maior frequência em regiões tropicais, sendo sua forma de transmissão pelo coito ou pelo acto de um cão susceptível lamber ou cheirar a genitália de outro infectado. As lesões se apresentam únicar ou múltiplas, nodulares ou lobulares, pedunculadas ou em massa com aspecto de couve-flor. Caracteriza-se por ser predominantemente da genitália externa, podendo atingir suas regiões adjacentes; citações relatam, porém, sua ocorrência extragenital, de aspecto primário ou metastático, como no encéfalo, vértebras, linfonodos, pulmões, pele, coração, cavidade nasal, globo ocular, fígado, pâncreas, baço, mucosa bucal, cérvix, útero e oviduto.
Os sinais são evidenciados pelo aspecto tumoral bem como pela presença de descargas serosas ou sanguíneas, redução da micção e odor desagradável, podendo estar associado com infecção secundária; seu diagnóstico é baseado no histórico, exame clínico e confirmado pelo exame citológico.
Vários procedimentos terapêuticos são indicados, entre os quais podemos citar a radioterapia, imunoterapia e a quimioterapia, sendo esta última freqüentemente citada na utilização do sulfato de vincristina. É observada também a exerese cirúrgica que foi durante muito tempo a única possibilidade terapêutica para esta patologia.
A Homeopatia, surgida em 1796 e baseada na lei dos semelhantes, é indicada, em inúmeras referências, como terapêutica em neoplasias, sendo o medicamento Thuya occidentalis, fortemente citado para ser empregado neste caso. Este medicamento, com origem no Canadá e na região da Virgínia (EUA), pertence à família das coníferas e possui ação em inúmeras patologias, apresentando inclusive, ação antibacteriana.
A apresentação de um caso de tumor venéreo transmissível em um cão, fêmea, e sua terapêutica baseada na utilização da Homeopatia e Quimioterapia visa, principalmente, mostrar ao clínico veterinário a ação das mesmas na patologia em discussão bem como seus aspectos hematológicos.
O que é?
O sarcoma de Sticker é um tumor que afecta cães adultos e que, ao contrário de outros tumores, se transmite através do contacto entre cães. Ocorre em animais que não estão castrados/esterilizados, principalmente os que saem à rua sem a vigilância do dono e em animais errantes.
Onde se localiza?
Atinge os cães na zona do pénis/prepúcio e as cadelas na vagina, podendo surgir por vezes noutras mucosas (nariz). O contágio faz-se maioritariamente por contacto sexual mas também pode acontecer quando os cães farejam e lambem a área genital de outro cão afectado ou por mordeduras.
Sinais
Os sinais aos quais o dono deve estar atento são:
Corrimento sanguinolento no pénis ou vagina
Urina com sangue
Inchaços na zona da vagina ou do pénis
Nódulos avermelhados com aspecto de couve-flor na zona genital
Tratamento:
Para tratar o tumor venéreo transmissível usa-se a quimioterapia durante algumas semanas (4 a 6) que geralmente produz bons resultados, levando à cura completa do animal. Nalguns casos pode ser necessária cirurgia.
Prevenção:
A melhor prevenção para este tumor é não permitir que os cães/cadelas cruzem sem controlo, visto que a transmissão se faz por via sexual. Quando é diagnosticado em animais reprodutores estes devem ser retirados da reprodução até estarem totalmente curados. No caso de animais que não se destinam à reprodução a castração/esterilização é a melhor forma de evitar o cruzamento indesejável e os incómodos das saídas não supervisionadas pelos donos.
Transmissão em seres humanos
Os tumores encontrados nos diabos-da-tasmânia e nos cães não são acontecimentos isolados. Hamsters também têm um tipo de tumor similar, que pode inclusive ser transmitido entre indivíduos por mosquitos. Não há ocorrências desse tipo relatadas em seres humanos. Os episódios que mais se aproximam dessa forma de transmissão de tumores talvez sejam casos clínicos nos quais alguns tipos de câncer foram transmitidos entre pacientes por meio de órgãos transplantados.
O estudo desses tipos de tumores pode lançar luz sobre vários aspectos da biologia do câncer. Um dos desafios para a ciência atual é entender as razões e os mecanismos que levam uma ou mais células, antes dedicadas ao bem-estar e ao altruísmo de uma vida multicelular, a se ‘aventurarem’ pelos caminhos de uma vida parasitária.
O tumor venéreo transmissível (TVT) é considerado uma neoplasia própria da espécie canina, sendo de apresentação extremamente rara em gatas. Indicado em 1820 por Huzard, foi consagrado em 1904 por Sticker que o identificou como um sarcoma ou linfossarcoma, resultando na denominação de sarcoma de Sticker.
De distribuição mundial, aparece com maior frequência em regiões tropicais, sendo sua forma de transmissão pelo coito ou pelo acto de um cão susceptível lamber ou cheirar a genitália de outro infectado. As lesões se apresentam únicar ou múltiplas, nodulares ou lobulares, pedunculadas ou em massa com aspecto de couve-flor. Caracteriza-se por ser predominantemente da genitália externa, podendo atingir suas regiões adjacentes; citações relatam, porém, sua ocorrência extragenital, de aspecto primário ou metastático, como no encéfalo, vértebras, linfonodos, pulmões, pele, coração, cavidade nasal, globo ocular, fígado, pâncreas, baço, mucosa bucal, cérvix, útero e oviduto.
Os sinais são evidenciados pelo aspecto tumoral bem como pela presença de descargas serosas ou sanguíneas, redução da micção e odor desagradável, podendo estar associado com infecção secundária; seu diagnóstico é baseado no histórico, exame clínico e confirmado pelo exame citológico.
Vários procedimentos terapêuticos são indicados, entre os quais podemos citar a radioterapia, imunoterapia e a quimioterapia, sendo esta última freqüentemente citada na utilização do sulfato de vincristina. É observada também a exerese cirúrgica que foi durante muito tempo a única possibilidade terapêutica para esta patologia.
A Homeopatia, surgida em 1796 e baseada na lei dos semelhantes, é indicada, em inúmeras referências, como terapêutica em neoplasias, sendo o medicamento Thuya occidentalis, fortemente citado para ser empregado neste caso. Este medicamento, com origem no Canadá e na região da Virgínia (EUA), pertence à família das coníferas e possui ação em inúmeras patologias, apresentando inclusive, ação antibacteriana.
A apresentação de um caso de tumor venéreo transmissível em um cão, fêmea, e sua terapêutica baseada na utilização da Homeopatia e Quimioterapia visa, principalmente, mostrar ao clínico veterinário a ação das mesmas na patologia em discussão bem como seus aspectos hematológicos.
O que é?
O sarcoma de Sticker é um tumor que afecta cães adultos e que, ao contrário de outros tumores, se transmite através do contacto entre cães. Ocorre em animais que não estão castrados/esterilizados, principalmente os que saem à rua sem a vigilância do dono e em animais errantes.
Onde se localiza?
Atinge os cães na zona do pénis/prepúcio e as cadelas na vagina, podendo surgir por vezes noutras mucosas (nariz). O contágio faz-se maioritariamente por contacto sexual mas também pode acontecer quando os cães farejam e lambem a área genital de outro cão afectado ou por mordeduras.
Sinais
Os sinais aos quais o dono deve estar atento são:
Corrimento sanguinolento no pénis ou vagina
Urina com sangue
Inchaços na zona da vagina ou do pénis
Nódulos avermelhados com aspecto de couve-flor na zona genital
Tratamento:
Para tratar o tumor venéreo transmissível usa-se a quimioterapia durante algumas semanas (4 a 6) que geralmente produz bons resultados, levando à cura completa do animal. Nalguns casos pode ser necessária cirurgia.
Prevenção:
A melhor prevenção para este tumor é não permitir que os cães/cadelas cruzem sem controlo, visto que a transmissão se faz por via sexual. Quando é diagnosticado em animais reprodutores estes devem ser retirados da reprodução até estarem totalmente curados. No caso de animais que não se destinam à reprodução a castração/esterilização é a melhor forma de evitar o cruzamento indesejável e os incómodos das saídas não supervisionadas pelos donos.
Transmissão em seres humanos
Os tumores encontrados nos diabos-da-tasmânia e nos cães não são acontecimentos isolados. Hamsters também têm um tipo de tumor similar, que pode inclusive ser transmitido entre indivíduos por mosquitos. Não há ocorrências desse tipo relatadas em seres humanos. Os episódios que mais se aproximam dessa forma de transmissão de tumores talvez sejam casos clínicos nos quais alguns tipos de câncer foram transmitidos entre pacientes por meio de órgãos transplantados.
O estudo desses tipos de tumores pode lançar luz sobre vários aspectos da biologia do câncer. Um dos desafios para a ciência atual é entender as razões e os mecanismos que levam uma ou mais células, antes dedicadas ao bem-estar e ao altruísmo de uma vida multicelular, a se ‘aventurarem’ pelos caminhos de uma vida parasitária.
Última edição por Admin em Seg Set 21, 2009 3:28 am, editado 1 vez(es)